24 de jun. de 2010

Crítica: Plano B (2010)

Quatro anos se passaram desde que o último filme com Jennifer Lopez, El Cantante, de 2006. Jay Lo volta aos cinemas para participar de um tipo de filme que conhece muito bem: comédia romântica.

Plano B fala de como o cinema americano vê a mulher moderna: neurótica, masculinizada nos gestos (mesmo que extremamente feminina no corpo) e que será sempre incompleta se não se casar e tiver filhos.

Parece que voltamos à mulher dos anos 40, mas não, Plano B se passa nos dias atuais e traz Jennifer Lopez como Zoe, uma mulher que, quando está prestes a realizar uma inseminação artificial, conhece um candidato a homem de sua vida, Stan (Alex O’Loughlin).

E aí, envolver-se ou tornar-se mãe? Questão interessante, mas que é completamente destruída pelo filme dirigido por Alan Poul (nome vindo da televisão e produtor do seriado Six Feet Under). Em vez de discutir, com humor, quais são os anseios da mulher moderna, o longa se revela uma comédia (chata) de erros e se concentra nos sinais que Zoe manda para Stan, que não os capta.

Tudo para reforçar o seguinte: olha como essa mulher não podia ser considerada feliz sem a presença de um marido. Vejam bem, isso não é necessariamente uma crítica ao relacionamento, mas sim à posição atrasada de colocar a mulher em uma posição limitada: espectadora da figura masculina em sua vida.

Sem contar que as piadas estão longe de ser inspiradas. Situações e desfechos óbvios também não ajudam. Será que Jennifer Lopez vai reencontrar o caminho das comédias românticas ao menos razoáveis? Se depender de Plano B, não.

Fonte: CineClick
Autor: Heitor Augusto

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