7 de jun. de 2010

Crítica: Marmaduke

Um cachorrão grande e estabanado deixa de cabelos em pé uma família típica americana. Qual é o nome do filme? Beethoven? Errado! Faltou dizer que o bicho em questão é um Dogue Alemão. Ah, então é Scooby-Doo. Errado novamente. Trata-se de Marmaduke. O nome não diz muita coisa para o público brasileiro, mas o personagem, criação dos cartunistas Brad Anderson e Phil Lemming, é conhecido nos EUA, onde frequenta tiras cômicas nos jornais desde 1954.

Nesta sua primeira aparição ao vivo no cinema (ele já “esteve” em episódios de animação de Garfield), vemos Marmaduke se mudando para a California, onde conhecerá todo um novo estilo de vida, que evidentemente o permitirá criar todo um novo estilo de fazer confusão. Incluindo se apaixonar por uma Afgan, infernizar a vida do patrão de seu dono e até pegar altas ondas nas praias californianas.

As simples menções de Beethoven e Scooby-Doo, às quais poderiam se acrescentar Feito Cães e Gatos ou Olha Quem Está Falando Agora, só para citar alguns exemplos, já sinalizam uma certa falta de criatividade à adaptação cinematográfica de Marmaduke.

De fato, é um filme onde o adjetivo “criativo” não cabe. Por outro lado, ele não promete nada além de uma tarde com a família no cinema, com direito a muita pipoca (que, como sabemos, é o motor propulsor da indústria cinematográfica). Seria muito bem-vindo um roteiro mais sagaz, com piadas e gags menos óbvias, o que infelizmente não acontece. Por outro lado, o filme também não ofende – o que já é louvável ao se analisar a média das recentes comédias norte-americanas – e se encaixa dentro da nova filosofia da Fox de tentar ocupar o segmento do filme-família, que anda meio abandonado pela Disney.

Se Marmaduke já não é grande coisa, o público brasileiro conta ainda com duas desvantagens: o desconhecimento do personagem, e a dublagem em português. Não que ela seja ruim, mas é que por aqui seremos privados de ouvir as vozes originais de Owen Wilson (no papel título), Sam Elliot, Kieffer Sutherland e vários outros “animaizinhos falantes”.

Curiosidade: a direção é de Tom Dey, de Bater ou Correr e Showtime.

Fonte: CineClick
Autoria: Celso Sabadin

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