30 de ago. de 2010

Crítica: Scott Pilgrim vs. The World: The Game

Scott Pilgrim chegou aos vídeojogos na forma de homenagem aos beat'em all da era 8 e 16-bits.
Com o filme prestes a chegar às salas de cinema, a Ubisoft levou até à Store da PSN a adaptação vídeojogável de Scott Pilgrim vs. The World. Mas ao contrário de apostar numa conversão da mais recente obra cinematográfica de Edgar Wright, a produtora gaulesa viajou até às origens da personagem, criando um jogo vindo directamente dos comics originais, da autoria de Brian Lee O'Malley.

E o resultado é realmente engraçado, especialmente para quem tiver uma paixão por beat'em ups de scrolling horizontal, trazendo à memória clássicos como River City Ransom, Double Dragon e Streets of Rage.



O objectivo é ajudar Pilgrim a derrotar os sete ex-namorados de Ramona, a paixão da sua vida. Para isso, há que calcorrear diversos cenários repletos de inimigos, locais que terminam num combate contra um boss. Muito clássico.
Como é habitual no género, no início temos a possibilidade de escolhermos a personagem que iremos controlar, encontrando-se um quarteto à nossa disposição: Scott, Ramona, Kim e Stephen. Cada um destes elementos pode dar uso a golpes fracos mas rápidos, fortes mas lentos e a movimentos especiais únicos a cada um. Pelo meio, têm a possibilidade de fazer provocações, causando algum receio entre as hostes maus da fita.
Naturalmente que também existe a possibilidade de se dar uso a armas e objectos para se acabar o mais rapidamente possível com os adversários. Na verdade, até os próprios inimigos caídos no terreno podem ser utilizados como arma de combate e de arremesso. Muito engraçado.
Com o decorrer dos acontecimentos, o nível de experiência do herói vai aumentando, aumento esse que se faz acompanhar pelo acesso a novos movimentos de ataque. Um toque ligeiramente RPG, que também se faz sentir no facto de podermos gastar o espólio deixado para trás pelos inimigos na compra de melhorias dos atributos do herói e de mimos que reabastecem as barras de energia. Gostámos bastante.
Durante as viagens através dos cenários vai-se encontrando lojas para serem visitadas e locais extremamente surreais, nos quais, por exemplo, pulverizam-se gigantescos porquinhos-mealheiro, de forma a juntarmos mais dinheiro. Ou seja, contem com uma boa dose de surpresas.
Obviamente que o multiplayer está presente, vindo o jogo preparado para receber um quarteto de utilizadores em simultâneo. E podem ter a certeza que Scott Pilgrim apenas mostra todo o seu charme no momento em que vários heróis apresentam-se no terreno.
Incompreensivelmente, o online ficou de fora da obra, sendo necessário ter-se à mão de semear um amigo e um comando extra para se tirar partido do modo para multijogadores.
Igualmente parvo é não ser dada a possibilidade de um jogador extra poder entrar em acção quando bem entender, não havendo drop-in, drop-out para ninguém. Bastante idiota.
Delicioso é o modo Survival Horror, onde o objectivo é sobreviver o mais tempo possível a vagas e mais vagas de mortos-vivos. Sem dúvida, trata-se de um dos pontos altos deste Scott Pilgrim. Um Boss Rush está também presente, colocando-nos em confronto com os ex de Ramona. Divertidinho.
Os gráficos são um prazer para os olhos, apresentando um saborosíssimo estilo retro, trazendo de imediato à memória eras passadas do universo das consolas e arcadas. Às personagens propositadamente pixelizadas juntam-se uma elevada qualidade de animação e uma fluidez de acção praticamente sem mácula.
No que toca à sonoplastia, contem com a presença de composições dos Anamanaguchi, banda nova-iorquina de chiptunes. E o resultado é absolutamente irresistível, assentando na perfeição no visual da obra. Magnífico.
Conclusão, Scott Pilgrim vs. The World: The Game é um dos joguinhos mais irresistíveis actualmente disponíveis na PSN. Pena que o multiplayer online não tenha sido incluído. Uma pérolazinha totalmente aconselhável.

Fonte: GameOver

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