5 de mai. de 2010

Crítica: Encontro de Casais



Comédia tinha potencial e bom elenco, mas fica só na promessa

Encontro de Casais (Couples Retreat, 2009) tinha potencial para ser uma ótima comédia sobre a dificuldade de manter um bom casamento depois que algumas primaveras já se passaram desde o esperado "sim".


Para contar a história, o ator Vince Vaughn, seu amigo Jon Favreau e a roteirista Dana Fox elencaram quatro tipos de casais bem distintos entre si. O primeiro deles mostra um workaholic Vaughn deixando pouco espaço para a sua esposa (Malin Akerman, de Watchmen), que quer mais atenção. O segundo é formado pelo ex-capitão do time de futebol americano (Favreau) e a ex-cheerleader (Kristin Davis, de Sex and the City), que engravidou no dia do baile de formatura. O terceiro casal já não está mais junto, pois Shane (Faizon Love) acabou de levar um pé-na-bunda e agora anda para cima e para baixo com uma menina que tem a metade de sua idade (Kali Hawk). E tentando manter seu relacionamento estão Jason (Jason Bateman) e Cynthia (Kristen Bell). Os dois não conseguem engravidar e isso está trazendo à tona os demais problemas conjugais.

•A solução: partir para um resort especializado em terapia de casal.
•O problema: eles estão com o dinheiro contado e só vão conseguir viajar se fecharem um pacote em que os oito embarcam ao paradisíaco local.
•O porém: ao chegar lá, até mesmo os casais que achavam que iam apenas aproveitar as férias vai ser submetido a conversas com psicólogos, exercícios de yoga e lições de vida proferidas pelo idealizador do local (Jean Reno).
Lições baratas de moral, tentativas de cenas de vergonha alheia que não se concretizam como deveriam e apenas insinuações sexuais são muito pouco e não faz jus ao cenário onde o filme se ambienta (Bora Bora, caso você queria saber). E nem dá para dizer que eles só foram para lá porque algum hotel local resolveu bancar, pois em momento algum se diz onde fica a tal ilha de águas tão límpidas.

Parece que Encontro de Casais é apenas um plano para usar o dinheiro do estúdio e ir passar férias com tudo pago enquanto se finge que está trabalhando. Só assim para explicar como situações tão artificiais e personagens tão caricatos foram tão longe para contar uma comédia-romântica tão sem-graça. E assim o que poderia ser um hit da sessão da tarde vira um mico das prateleiras de locadoras.

Autor:Marcelo Forlani
24 de Dezembro de 2009 
Fonte: Omelete

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